segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA

INTRODUÇÃO

Neste trabalho pretendemos trazer algumas questões tratadas por Adorno e Horkheimer, a respeito da Indústria Cultural, destacando sua grande influencia nos padrões estéticos da atualidade, tornando as obras de arte meras mercadorias.

DESENVOLVIMENTO

As análises de Adorno e Horkheimer, são de fundamental importância para compreendermos o paradigma estético na contemporaneidade, de forma que na atualidade as obras de arte são consideradas mera mercadoria do capitalismo, tendo como resultado a falta de uma obra de arte autentica, e sim em uma estética baseada em modismos temporários.
Desta maneira a Indústria cultural coloca a estética ligada ao consumismo, alienando as pessoas impedindo seu pensamento crítico-reflexivo, de tal forma que a população se torna refém daquele tipo de beleza.
Neste contexto as obras de arte perdem sua essência, se tornam meros clichês nas mãos de uma indústria capitalista em constante expansão, clássicos como Beethoven, Mozart ou Vivaldi não podem ser apreciados mais em sua integridade, mas em apenas fragmentos, os quais essa Indústria Cultural controla. Assim a cultura torna-se uma cultura de massa ligada ao consumismo e aos meios de comunicação.
Desta forma tanto músicas como outras obras de arte necessitam de uma validação da burguesia para se tornaram belas e conhecidas, tornando o produto apto para consumo, refletindo assim em uma sociedade incapaz de pensar, de formar sua própria opinião a respeito de um assunto, ou seja, tudo deve ser coletivizado, sendo que a opinião da mídia é a que mais importa.
Então a moda atinge não só as passarelas mas também a música, pois nos tornamos alvos constantes desta indústria cultural quando ouvimos uma música diversas vezes no rádio, na TV e em outros meios de comunicação, acabamos aderindo a este sistema sem ao menos percebermos o que estamos dizendo ou ouvindo.
A Indústria Cultural utiliza de meios como o fetichismo, para apresentarem as pessoas músicas e obras de arte que ao invés de trazerem um conhecimento estético adequado, proporcionam aos mesmos uma mera ilusão, ou seja, um prazer que a maioria destes indivíduos nunca terão.
Dentro deste paradigma a principal questão é a perca da totalidade de uma obra de arte, que são apresentadas apenas em fragmentos, neste contexto até mesmo clássicos podem se tornar lixo na mão da Indústria Cultural.
As obras de arte são dilaceradas, deflagrando toda a sua estrutura, retirando sua concepção inicial para se tornar uma mercadoria mais vendida, sem apresentar o menor respeito pelo autor da mesma, neste mesmo sentido pinturas realizadas por animais são mais apreciadas do que dos grandes pintores, ou seja, a arte está sendo exposta ao ridículo, entrando em um abismo sem fundo, perdendo seu caráter artístico, e por consequência seu sentido.
Entendemos que as críticas realizadas por Adorno ao consumismo estético está dentro de uma perspectiva marxista, o qual destaca o caráter fetichista da mercadoria em sua obra o capital, mas o que percebemos é que as obras de arte da atualidade não estão sendo apreciadas por seu valor estético, mas sim por seu valor como mercadoria, ou seja, uma pessoa não aprecia um quadro, em que pago um alto valor, por sua beleza estética, mas venera o dinheiro com o qual comprou o mesmo, colocando a uma sociedade que é capaz de adquirir tal obra.

CONCLUSÃO

Ao colocarmos em foco as críticas realizadas por Adorno e Horkheimer a banalização das obras de arte dentro de um paradigma marxista, percebemos que as mesmas ao contrario do que ocorreu em outras épocas, não estão sendo apreciadas por seu valor estético, e sim por atingirem uma massa, por serem um mecanismo de controle das massas, sendo mais uma ferramenta da Indústria Cultural, tornando as obras de arte meras ilusões mantidas pelo capitalismo.

REFERENCIAS

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos fi-losóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

CLARETIANO, Centro Universitário. Estética Contemporânea. Estética – Unidade 7