Este blog é realizado pelos alunos do 3º ano do Colégio Estadual Leão Schulmann com coordenação da professora de filosofia Paula Monique Pereira
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA
INTRODUÇÃO
Neste trabalho pretendemos
trazer algumas questões tratadas por Adorno e Horkheimer, a respeito da
Indústria Cultural, destacando sua grande influencia nos padrões estéticos da
atualidade, tornando as obras de arte meras mercadorias.
DESENVOLVIMENTO
As análises de Adorno e
Horkheimer, são de fundamental importância para compreendermos o paradigma
estético na contemporaneidade, de forma que na atualidade as obras de arte são
consideradas mera mercadoria do capitalismo, tendo como resultado a falta de
uma obra de arte autentica, e sim em uma estética baseada em modismos
temporários.
Desta maneira a Indústria
cultural coloca a estética ligada ao consumismo, alienando as pessoas impedindo
seu pensamento crítico-reflexivo, de tal forma que a população se torna refém
daquele tipo de beleza.
Neste contexto as obras de
arte perdem sua essência, se tornam meros clichês nas mãos de uma indústria
capitalista em constante expansão, clássicos como Beethoven, Mozart ou Vivaldi
não podem ser apreciados mais em sua integridade, mas em apenas fragmentos, os
quais essa Indústria Cultural controla. Assim a cultura torna-se uma cultura de
massa ligada ao consumismo e aos meios de comunicação.
Desta forma tanto músicas
como outras obras de arte necessitam de uma validação da burguesia para se
tornaram belas e conhecidas, tornando o produto apto para consumo, refletindo
assim em uma sociedade incapaz de pensar, de formar sua própria opinião a
respeito de um assunto, ou seja, tudo deve ser coletivizado, sendo que a
opinião da mídia é a que mais importa.
Então a moda atinge não só
as passarelas mas também a música, pois nos tornamos alvos constantes desta
indústria cultural quando ouvimos uma música diversas vezes no rádio, na TV e
em outros meios de comunicação, acabamos aderindo a este sistema sem ao menos
percebermos o que estamos dizendo ou ouvindo.
A Indústria Cultural
utiliza de meios como o fetichismo, para apresentarem as pessoas músicas e
obras de arte que ao invés de trazerem um conhecimento estético adequado,
proporcionam aos mesmos uma mera ilusão, ou seja, um prazer que a maioria
destes indivíduos nunca terão.
Dentro deste paradigma a
principal questão é a perca da totalidade de uma obra de arte, que são
apresentadas apenas em fragmentos, neste contexto até mesmo clássicos podem se
tornar lixo na mão da Indústria Cultural.
As obras de arte são
dilaceradas, deflagrando toda a sua estrutura, retirando sua concepção inicial
para se tornar uma mercadoria mais vendida, sem apresentar o menor respeito
pelo autor da mesma, neste mesmo sentido pinturas realizadas por animais são
mais apreciadas do que dos grandes pintores, ou seja, a arte está sendo exposta
ao ridículo, entrando em um abismo sem fundo, perdendo seu caráter artístico, e
por consequência seu sentido.
Entendemos que as críticas
realizadas por Adorno ao consumismo estético está dentro de uma perspectiva
marxista, o qual destaca o caráter fetichista da mercadoria em sua obra o
capital, mas o que percebemos é que as obras de arte da atualidade não estão
sendo apreciadas por seu valor estético, mas sim por seu valor como mercadoria,
ou seja, uma pessoa não aprecia um quadro, em que pago um alto valor, por sua
beleza estética, mas venera o dinheiro com o qual comprou o mesmo, colocando a
uma sociedade que é capaz de adquirir tal obra.
CONCLUSÃO
Ao colocarmos em foco as
críticas realizadas por Adorno e Horkheimer a banalização das obras de arte
dentro de um paradigma marxista, percebemos que as mesmas ao contrario do que
ocorreu em outras épocas, não estão sendo apreciadas por seu valor estético, e
sim por atingirem uma massa, por serem um mecanismo de controle das massas,
sendo mais uma ferramenta da Indústria Cultural, tornando as obras de arte
meras ilusões mantidas pelo capitalismo.
REFERENCIAS
ADORNO,
T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos fi-losóficos. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
CLARETIANO, Centro Universitário.
Estética Contemporânea. Estética – Unidade 7
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